Do que eu não abriria mão
Keywords:
Ética psicanalítica, Metas psicanalíticas, Atitude psicanalítica, Ser psicanalista, Valores éticosAbstract
O autor apresenta alguns valores, isto é, características pessoais que julga fundamentais para que se possa praticar a psicanálise. Propõe que, sem essas qualidades de personalidade, não se desenvolve uma relação analítica que mereça ser denominada como tal. Essas características enfatizadas pelo autor são todas aquelas que, na relação transferencial, favorecem e priorizam a busca da verdade e da autenticidade do paciente. Tal autenticidade só pode florescer na personalidade do paciente se o analista souber suportar a dor de não saber a priori a verdade e se for capaz de acompanhar e respeitar autenticamente a trajetória do paciente nesta busca. São as seguintes as capacidades das quais, conforme o autor afirma no título deste artigo, não se pode abrir mão se a psicanálise é sua meta: ser humano, ser capaz de enfrentar a verdade (to face the music), ser responsável, ser capaz de pensar em voz alta, de não saber e de sonhar. Esclarece também que utiliza os termos sonho e sonhar ou não saber conforme os moldes propostos por Bion (1962). Exemplos clínicos são apresentados nos quais o autor evidencia a importância de várias destas qualidades no analista (AU)
Downloads
References
BION, W. R. (1962). Learning for experience. In: ______. Seven servants. New York: Aronson, 1977, p. 1-105.
BORGES, J. L. (1975). Interview in: La Nación, november 24, 1975. In: WILLIAMSON, E. (editor). Borges: a life. New York: Viking, 2004, p. 412.
FROST, R. (1942). I could give all to time. In: POIRIER, R; RICHARDSON, M. (editores). Frost: collected poems, prose and plays. New York: Library of America, 1995, p. 304-305.
GOETHE, J. W. (1808). Faust I and II. In: ATKINS, S. (editor). Goethe: the collected works. New Jersey: Princeton University Press, 1984, v. 2.
JARRELL, R. (1955). To the laodiceans. In: ______. Poetry and the age. New York: Vintage, 1955, p. 34-62.
OGDEN, T. (1994). The analytic third: working with intersubjective clinical facts. Int. J.Psychoanal. v. 75, n. 1, p. 3-20.
______. (1997). Reverie and interpretation: sensing something human. London: Karnac, 1999.
______. (2004). This art of psychoanalysis: dreaming undreamt dreams and interrupted cries. Int. J. Psycho-anal. v. 85, n. 4, p. 857-877.
PINSKY, R. (1988). Poetry and the world. New York: Ecco, 1988.
ROSENFELD, D. (2004). September 11th military dictatorship and psychotic episode. Não publicado.
WINNICOTT, D.W. (1962). The aims of psycho-analytical treatment. In: ______. The maturational processes and the facilitating environment. New York: International Universities Press, 1965, p. 166-170.
______. (1964). The child, the family and the outside world. Baltimore: Pelican, 1973.
______. (1967). Fear of breakdown. Int. Rev. Psychoanal. v. 1, n. 1, p. 103-107.
How to Cite
Issue
Section
License
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.