https://sppa.emnuvens.com.br/RPdaSPPA/issue/feedRevista de Psicanálise da SPPA2025-05-23T00:00:00-03:00Ana Cristina Pandolforevista@sppa.org.brOpen Journal Systems<p>A Revista de Psicanálise da SPPA é editada desde outubro de 1993 pela <a href="http://sppa.org.br/">Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre</a>, filiada à Associação Psicanalítica Internacional – IPA, sendo um periódico quadrimestral dirigido a pesquisadores, professores, profissionais e estudantes da área de psicanálise. A partir de 2020, ela aderiu ao sistema de publicação em fluxo contínuo. Podem ser submetidos artigos científicos que seguem altos padrões no cuidado editorial dos textos, apresentados nos idiomas português, espanhol, inglês, francês, alemão e italiano, com os requisitos de serem inéditos e originais no Brasil, elaborados em conformidade ao direito do autor e não submetidos ao mesmo tempo a avaliações em outras revistas nacionais.</p>https://sppa.emnuvens.com.br/RPdaSPPA/article/view/1371O encontro com os objetos no pensamento de Winnicott2025-03-11T08:58:03-03:00Anna Ferrutaa.ferruta@libero.it<p>A autora propõe uma reflexão sobre a complexa articulação do pensamento de Winnicott acerca das relações objetais. Em seus escritos sobre o uso de um objeto, ele enfatiza o uso da pulsão destrutiva para conferir ao objeto a dimensão de alteridade e, ao sujeito, a dimensão de independência, com base no contato de seu núcleo pulsional. Ao teorizar sobre o objeto transicional, Winnicott (1971)<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> destaca a natureza perceptiva e sensorial dessa relação que se abre ao encontro com o objeto não-Eu, sem que a vida psíquica do sujeito corra o risco de aniquilação — uma relação que expande e enriquece tanto o continente mental do sujeito quanto seus processos de identificação. Para lidar com tal contradição sobre a presença do objeto na vida anímica do sujeito, faz-se útil a noção de integridade dos objetos formulada por Bollas (2009). Experiências emocionais estão conectadas aos objetos que as desencadeiam. Bollas acredita que construímos a linguagem por meio da inteligência das formas, configurando nossa vida por meio da escolha de objetos completos e íntegros. A integridade de um objeto tem uma estrutura que pode desencadear processos evocativos.</p>2025-05-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://sppa.emnuvens.com.br/RPdaSPPA/article/view/1389Novas reflexões sobre o Processo Civilizatório a partir de uma expansão do conceito de sublimação em Jean Laplanche2025-04-28T10:11:05-03:00José Carlos Calichjccalich@gmail.com<p>O ensaio propõe uma leitura metapsicológica da obra de Jean Laplanche, articulando sua Teoria da Sedução Generalizada com a hipótese de um <em>componente civilizatório</em> da pulsão sexual de vida. Questionando a centralidade do recalque no processo civilizatório tal como formulado por Freud, o autor desenvolve a tese de que a atividade tradutiva — especialmente em sua forma sublimatória — constitui não apenas o sujeito psíquico, mas também a possibilidade de laços solidários, de cuidado com o outro e de inscrição simbólica na cultura. A sublimação primária, aqui pensada como atividade de significação do enigma sexual do outro, funda um movimento ético de tradução, instaurando uma posição de escuta que reconhece e sustenta a alteridade como irredutível. Nesse contexto, o processo civilizatório é compreendido como um esforço coletivo e histórico de tradução compartilhada, enquanto os movimentos anticivilizatórios derivam do fracasso da tradução e da obstrução produzida por elementos do pseudoinconsciente do mito-simbólico. A clínica psicanalítica, longe de operar como dispositivo de cura, é apresentada como espaço ético de manutenção do enigma e de solidariedade silenciosa. Traduzir, escutar e cuidar passam a ser efeitos da atividade psíquica sublimatória, assim como fundamentos de um vir-a-ser humano vinculado à alteridade que nos constitui.</p>2025-05-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://sppa.emnuvens.com.br/RPdaSPPA/article/view/1388Quando o brinquedo não brinca2025-04-23T11:56:07-03:00Berta Hoffmann Azevedobertaazevedo@hotmail.com<p>O artigo explora os desafios da clínica psicanalítica em situações nas quais escutar e intervir tornam-se decisões particularmente delicadas. Nesses momentos, o analista se vê diante de um mal-estar constante, em que qualquer gesto — seja falar ou silenciar — carrega o risco de ser excessivo ou insuficiente. O conflito emerge no campo transferencial e contratransferencial, exigindo do par analítico a travessia de impasses por meio da criatividade e da coragem para lidar com lógicas paradoxais. Por meio de vinhetas clínicas e do diálogo com autores da psicanálise contemporânea, o texto destaca a exigência psíquica colocada sobre o analista: sustentar a turbulência e transformá-la em escuta e possibilidade de simbolização. Ao final, enfatiza-se a importância de acolher o impasse como caminho possível da clínica por meio do trânsito corajoso entre o caos e a criação.</p>2025-06-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://sppa.emnuvens.com.br/RPdaSPPA/article/view/1231O problema econômico do masoquismo2024-09-03T16:07:24-03:00Luciane Falcãolufalcao60@gmail.com<p>O artigo pretende revisitar o texto <em>O problema econômico do masoquismo</em> (Freud, 1924) neste momento em que se comemora os 100 anos de sua publicação e, ao mesmo tempo, discutir um dos frutos teóricos gerado por ele e considerado essencial na psicanálise: o masoquismo erógeno primário como guardião da vida e o masoquismo mortífero. A reflexão entrelaça o problema econômico do masoquismo com o seu par, a pulsão de morte, assim como o masoquismo erógeno primário e o intrincamento da pulsão de vida e da pulsão de morte. O autor também propõe uma rápida discussão sobre o masoquismo mortífero e o masoquismo guardião da vida, estudados por Benno Rosenberg (1991).</p>2025-05-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://sppa.emnuvens.com.br/RPdaSPPA/article/view/1258Contextualizando a branquitude brasileira2024-11-05T16:57:56-03:00Mariana Mendonça Cabeçamarianamcabeca@gmail.comGabriel Inticher Binkowskibinkowski@usp.br<p>Nesse artigo, compreendemos o racismo como base fundamental do colonialismo, que se atualiza no capitalismo, inscrito no contexto de uma política tanto de morte para populações negras e indígenas quanto de privilégios para populações brancas. Realizamos uma revisão histórica brasileira a respeito desses significantes, através do excerto de trecho, adição no artigo de um fragmento da dissertação de mestrado apresentada no ano de 2025 ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, com o título <em>Dispositivos coletivos como possíveis furos de pactos narcísicos da branquitude.</em> O objetivo do presente trabalho é contextualizar a branquitude brasileira, apontando que o mito da democracia racial e da meritocracia buscam escamotear as diferenças entre imigrações compulsórias de africanos e imigrações subsidiadas de europeus e japoneses, transformando o Brasil no que é ainda hoje: um território que ganha seu nome a partir de um trauma, o qual segue existindo, para garantir que seja um país de políticas públicas voltadas aos brancos.</p>2025-05-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025