Argumento

Autores/as

  • Marilia Aisenstein Société Psychanalytique de Paris (SPP)

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v11i2.648

Palabras clave:

pulsão de morte, masoquismo originário, intricação pulsional

Resumen

O artigo descreve a função do masoquismo como guardião e garantia da vida, visto que é o testemunho e o vestígio da fusão das duas pulsões: libido, de uma parte, e pulsão de morte, de outra. São discutidos o nascimento da noção fundamental de intricação pulsional e a hipótese de um masoquismo originário que liga a destrutividade, principal tese do autor. A destrutividade só se torna sadismo quando é projetada. Essa concepção permite evitar o obstáculo de uma visão genética e propõe a projeção primária enquanto fundamento dos mecanismos posteriores de negação. O sadismo introjetado se transforma em auto-sadismo que, por sua vez, engendra a culpa. O autor procura, constantemente, evidenciar a nocividade da pulsão de morte. Para ele, o masoquismo é a primeira defesa contra a pulsão de morte e a defesa essencial contra ela. Discute a idéia de que o masoquismo fornece um lugar a toda atividade das duas pulsões, seja sua oposição, seja sua intricação. Apresenta a hipótese de que a excitação não é apenas o ponto de partida da mobilização de defesas e da constituição de sintomas e da patologia, mas também o sinal de uma reação da libido visando a uma reintricação pulsional, portanto uma resposta à pulsão de morte responsável, em última instância, pela patologia. Assim, é certo dizer que a relação masoquismo-doença vai não só no sentido do masoquismo à doença (uma deficiência de masoquismo provoca a doença), mas também no sentido da doença ao masoquismo (a excitação mostra que a libido se esforça para reintricar a pulsão de morte e aumentar, assim, o masoquismo a fim de lutar contra a doença) (AU)

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Biografía del autor/a

Marilia Aisenstein, Société Psychanalytique de Paris (SPP)

Psicanalista. Membro efetivo da Sociedade Psicanalítica de Paris (SPP)

Citas

DELEUZE, G. (1967). Présentation de Sacher-Masoch. Paris: Minuit.

______. (1905). Trois essais sur la sexualité. Paris: Gallimard, 1962.

______. (1915). “Pulsions et destins des pulsions”. In: Metapsychologie. Paris: Gallimard, 1968.

______. (1924). “Le problème économique du masochisme”. In: Névrose, psychose et perversion. Paris: PUF, 1973.

ROSENBERG, B. (1991). Masochisme mortifère, masochisme gardien de la vie. In: Monographie de la Revue française de psychanalyse. Paris: PUF.

Publicado

2020-10-18

Cómo citar

Aisenstein, M. (2020). Argumento. Revista De Psicoanálisis De La SPPA, 11(2), 285–290. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v11i2.648

Número

Sección

Temas diversos

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