Argumento
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v11i2.648Keywords:
pulsão de morte, masoquismo originário, intricação pulsionalAbstract
O artigo descreve a função do masoquismo como guardião e garantia da vida, visto que é o testemunho e o vestígio da fusão das duas pulsões: libido, de uma parte, e pulsão de morte, de outra. São discutidos o nascimento da noção fundamental de intricação pulsional e a hipótese de um masoquismo originário que liga a destrutividade, principal tese do autor. A destrutividade só se torna sadismo quando é projetada. Essa concepção permite evitar o obstáculo de uma visão genética e propõe a projeção primária enquanto fundamento dos mecanismos posteriores de negação. O sadismo introjetado se transforma em auto-sadismo que, por sua vez, engendra a culpa. O autor procura, constantemente, evidenciar a nocividade da pulsão de morte. Para ele, o masoquismo é a primeira defesa contra a pulsão de morte e a defesa essencial contra ela. Discute a idéia de que o masoquismo fornece um lugar a toda atividade das duas pulsões, seja sua oposição, seja sua intricação. Apresenta a hipótese de que a excitação não é apenas o ponto de partida da mobilização de defesas e da constituição de sintomas e da patologia, mas também o sinal de uma reação da libido visando a uma reintricação pulsional, portanto uma resposta à pulsão de morte responsável, em última instância, pela patologia. Assim, é certo dizer que a relação masoquismo-doença vai não só no sentido do masoquismo à doença (uma deficiência de masoquismo provoca a doença), mas também no sentido da doença ao masoquismo (a excitação mostra que a libido se esforça para reintricar a pulsão de morte e aumentar, assim, o masoquismo a fim de lutar contra a doença) (AU)
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References
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