Vergonha: se algum outro viesse a saber
Palabras clave:
Eu ideal, Ideal do eu, Jó, Julgamento, Outro, Pureza, Ser, Vergonha, Vergonha Primária, SegredoResumen
O outro é essencial na experiência da vergonha. Submetido ao olhar do
outro, o sujeito vive a experiência de um desmoronamento interior que
manifesta que seu próprio ser está comprometido. Por isso, o segredo
pode ter um efeito protetor notável, mas enigmático. Aquilo que é posto em
xeque no suposto julgamento do outro não põe em jogo de modo algum
a responsabilidade do sujeito por seu ato, mas por seu ser. No plano
metapsicológico, um tal acontecimento remete à complexa entrada em jogo
do ideal do eu ou do eu ideal, que poderíamos relacionar, respectivamente,
com a vergonha secundária e com a vergonha primária descritas por
Claude Janin. Essa questão é explorada, entre outras formas, a partir de
uma leitura do Livro de Jó, reinterpretado como testemunho magistral da
vergonha do homem perante Deus. O destino da vergonha, fundamental
tanto para o sujeito quanto para as civilizações pelo tema da pureza,
mantém sua autonomia em relação ao destino da culpa.
Descargas
Citas
AGAMBEN, G. (2003). Ce qui reste d’Auschwitz. Paris: Rivages Poche, 2003.
ANZIEU, D. (1973). Intervention. Revue Française de Psychanalyse. v. 37, p. 1025-1029.
BARAZER, C. (2002a). Hontes sans issue. Bulletin Interne de l’Association Psychanalytique de
France. v. 52, p. 8-21.
. (2002b). Tactique russe. Champ psychosomatique. v. 27, p. 113-122.
BEETSCHEN, A. (2003). L’accomplissement et l’atteinte. Revue Française de Psychanalyse. v.
, p. 1455-1527.
BRUSSET, B. (1993). Honte à l’adolescence. Adolescence. v. 11, p. 5-26.
CHABERT, C. (1993). Entre honte et culpabilité, l’hystérie à l’adolescence. Adolescence. v. 11, p.
-68.
. (1999). Les voies intérieures. Revue française de psychanalyse. v. 63, p. 1445-1488.
CHASSEGUET-SMIRGEL, J. (1974). L’Idéal du moi, essai psychanalytique sur la maladie d’idéalité.
Paris: Tchou.
CONRAD, J. (1900). Lord Jim. Paris: Autrement, 2003.
DONNET, J. (1993). Lord Jim ou la honte de vivre. Adolescence. v. 11, p. 183-224.
FREUD, S. (1891). Prefácio à edição alemã. In: BOURKE, J. Les rites scatologiques. Paris: PUF,
. (1895) L’Esquisse d’une psychologie scientifique. In : Naissance de la Psychanalyse, PUF,
. (1896). Nouvelles remarques sur les psychonévrose de défense. In: Oeuvres complètes. v. 3.
Paris: PUF, 1988, p. 123-146.
. (1908). Le créateur littéraire et la fantaisie. In : . L’inquiétante étrangeté et autres
textes. Paris: Gallimard, 1985, p. 231-266.
. (1913). Totem et tabou. In: Oeuvres complètes. v. 11. Paris: PUF, 1998, p. 189-385.
. (1921). Psychologie des masses et analyse du moi. In: Oeuvres complètes. v. 16. Paris:
PUF, 1991, p. 5-83.
. (1925). La négation. In: Oeuvres complètes. v. 17. Paris: PUF, 1992, p. 167-171.
. (1939). L’homme Moïse et la religion monothéiste: trois essais. Paris: Gallimard, 1986.
GREEN, A. (1983). Narcissisme de vie, narcissisme de mort. Paris: Minuit.
GUILLAUMIN, J. (1973). Culpabilité, honte et dépression. Revue Française de Psychanalyse. v.
, p. 983-1006.
JANIN, C. (1996). Figures et destins du traumatisme. Paris: PUF.
. (2003). Pour une théorie psychanalytique de la honte: honte originaire, honte des origines,
origines de la honte. Revue Française de Psychanalyse. v. 67, p. 1657-1742.
KERTÉSZ, I. (1975). Etre sans destin. Paris: Actes Sud, 2003.
LACAN, J. (1966). Écrits. Paris: Seuil.
LAGACHE, D. (1961). La psychanalyse et la structure de la personnalité. La psychanalyse. v. 6.
LAVIE, J. (2002). La honte m’habite. In: . L’amour est un crime parfait. Paris: Gallimard.
LEIRIS, M. (1932). Miroir de l’Afrique. Paris: Gallimard, 1996.
. (1939). L’âge d’homme. Paris: Gallimard, 1973.
LÉVI, P. (1947). Si c’est un homme. Paris: Julliard, 1987.
. (1989). Les naufragés et les rescapés: quarante ans après Auschwitz. Paris: Gallimard.
LEVINAS (1935). De l’évasion. Paris: Fata Morgan, 1982.
MANNONI, O. (1982). Ça n’empêche pas d’exister. Paris: Seuil.
ORWELL, G. (1949). 1984. Paris: Gallimard, 1950.
VIAN, B. (1947). Les morts ont tous la même peau. Paris: Christian Bourgois, 1973.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.