Método Esther Bick: Observação dos fenômenos transicionais, durante o primeiro ano de vida

Autores/as

  • Walter José Martins Migliorini Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; Departamento de Psicologia Clínica Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Letras, Assis https://orcid.org/0000-0002-5665-6936

Palabras clave:

Esther Bick, Objeto transicional, Observação psicanalítica, Símbolo

Resumen

O conceito de objeto transicional inaugurou, na psicanálise, a investigação do uso simbólico de objetos pelo bebê em suas primeiras experiências de separação. Outras facetas do papel da materialidade e de sua importância no desenvolvimento emocional e na clínica são exploradas em conceitos como objeto precursor, objeto autístico, objeto reconfortante, objeto acessório, objeto tutor, objeto testemunho e objeto de mediação. O objetivo do presente artigo é apresentar uma visão geral desses estudos e mostrar dados sobre a observação de um bebê prematuro pelo Método Esther Bick. A constituição, perda ou recuperação da experiência de transicionalidade – sob a perspectiva do desenvolvimento do uso dos objetos inanimados – indicam um papel marcadamente ativo do bebê na experiência de sustentar o jogo com sua mãe e, na ausência desta, em interagir com objetos tutores (AU)

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Biografía del autor/a

Walter José Martins Migliorini, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; Departamento de Psicologia Clínica Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Letras, Assis

Doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (1999) e docente na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Letras, Assis. Sua experiência profissional é na área clínica, com ênfase em Tratamento e Prevenção Psicológica e Desenvolvimento Emocional. Atualmente é membro filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo .

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Publicado

2020-09-18

Cómo citar

Migliorini, W. J. M. (2020). Método Esther Bick: Observação dos fenômenos transicionais, durante o primeiro ano de vida. Revista De Psicoanálisis De La SPPA, 27(2), 507–519. Recuperado a partir de https://sppa.emnuvens.com.br/RPdaSPPA/article/view/460