Para uma definição de mudança psíquica

Authors

  • Juan Antonio Cabanne Associação Psicoanalítica de Buenos Aires

Keywords:

Transferência, Contratransferência, Campo analítico

Abstract

Este trabalho começa tentando diferenciar o conceito de mudança de outros termos relacionados. Assinala se que todo o processo de mudança implica uma diferença essencial, e mais ainda uma perda de identidade ou a substituição de uma coisa por outra. Pergunta se qual é a natureza de uma mudança psíquica; se o psíquico muda ou se são os paradigmas para investigar o psíquico que mudam. Parte se do material clínico de um paciente em tratamento durante 13 anos para exemplificarou dar um modelo dos conceitos sobre mudança psíquica. Os momentos de mudança são descritos como de caos e dispersão que a seguir efetuam um salto qualitativo para um novo ordenamento do sistema (regressão dispersão progressão). O estabelecimento de um processo analítico é considerado uma condição sine qua non para estudar as situações de mudança psíquica: construção de um espaço analítico e um trabalho sobre a transferência contratransferência. As distintas concepções sobre mudança tem certo grau de correspondência com os critérios ou teorias sobre a cura com que lida cada analista. Assegura seque há fatos inéditos do campo transferencial contratransferencial que atuam como um turning point, introduzindo irreversibilidade e uma dimensão temporal. Por último se define a mudança psíquica como uma mudança no uso ou de como um fato psíquico adquire distintos usos na mente do paciente, junto com a possibilidade de visão desde diferentes vértices
destes mesmos fatos psíquicos; ou em forma mais integrada desde uma conjunção plurisensorial, ou a um fenômeno de integração da plurisensorialidade extra e intrapsíquica. Vincula se a mudança psíquica com o desenvolvimento do pensamento metafórico. Fala se finalmente da mudança na relação entre o self e os objetos internos e entre estes entre si. O importante é a variação do aspecto relacional, da qualidade dos vínculos. Esta mudança de vértice ou perspectiva permite ver a Gestaltt e efetuar a reparação. Tudo isto como produto de uma melhor integração da personalidade

 

Abstract

This paper begins by trying to distinguish the concept of change from other related terms. It is pointed out that the whole concept of change implies an essential difference, and even further, a loss of identify orthe replacement of one thing by another. It is asked what is the nature of a psychic change: whether either the psychic aspect changes or the paradigms to investigate the psychic aspect are the ones which change. The clinical material of a patient, under treatment during 13 years, is used to exemplify or provide a model of concepts pertaining to psychic change. The moments of change are described as a time of chaos and
dispersion, which then effect a qualitative jump to a new arrangement of the system (regression dispersion progression). The establishment of an analytical process is considered a sine qua non condition to study the situations of psychic change: construction of an analytical space and work on transference countertransference. The different concepts of change up to a point correspond to the criteria or theories regarding cure, which are dealt with by each analyst It is assured that there are unheard of facts of the transferential countertransferential field which act as a turning point, introducing irreversibility and a temporal dimension. Finally, psychic change is defined as a change in use, or how a psychic fact acquires different uses in the patient's mind, together with the possibility of viewing the same psychic facts from different angles; either in a more integrated form from a plurisensorial conjunction, or as a phenomenon pertaining to the integration of extra and intra psychic plurisensoriality. Psychic change is linked to the development of metaphoric thought. Lastly, the change in the relationship between self and the internal objects, and of the latter among themselves is discussed. The important fact is the variation of the relational aspect, of the quality of bonds. This change of angle or perspective allows one to see Gestalt and Carry out reparation. Ali this is a product of improves
integration of personality.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Juan Antonio Cabanne, Associação Psicoanalítica de Buenos Aires

Membro Efetivo da Associação Psicoanalítica de Buenos Aires

References

BION, W. R. (1963). Elements of psycho analysis. New York: Basic Books. (Buenos Aires: Paidós, 1966).

_____ (1965). Transformations: Change from leaming to growth. New York: Basic Books. (Buenos Aires: Centro Editor, 1972).

(s/ãno). A memoir of the future. The Dream. Rio de Janeiro: (mago.

BLACK, M. (1966). Modelos y Meta/oras. Madrid: Tecnos, 1966

BRIGGS, J.P.; PEAT, F.D. (1985). Lookin gglass Universe. Barcelona: Gedisa, 1989.

CABANNE, J.A. (1988). Acercada Ia retórica espacio temporal y sus implicancias. Conferencia en APDEBA, Buenos Aires.

Revista Psicoanalisis (APDEBA), Volumen XIII, n° 1, 1991.

_____ (1990). Sobre Ia Psicosis detransferencia en pacientes borderline. Revista Psicoanalisis (APDEBA), Volumen VII, n°s 2 3,

Buenos Aires, 1990.

CABANNE, J.A.; PETRUCCI, H.A. (1986). La urdimbre y Ia trama. Revista Psicoanalisis (APDEBA), Volumen X, n° 1, 1988.

_____ (1988a). La interpretacion: de Ia encrucijada ala transformación. Presentado en el XVII Congreso

Latinoamericano de Psicoanálisis.

_____ (1988b). Los Precursores de Ia encrucijada (Acerca dal lugar y el tiempo en Ia transferencia). Presentado en el X

Simposio y Congreso Interno de APDEBA, Buenos Aires, 1988.

_____ (1990). Dei Metaforismo fundamental ai uso de modelos en investigacion aplicada. Presentado en el XVIII Congreso

Latinoamericano de Psicoanalisis, Rio de Janeiro, 1990.

CAZENáVE, M. y otros (1986). La syncronicite, L'âme et la Science. Paris: Poiesis. (Barcelona: Gedisa, 1987).

CASSIRER, E. (1959). Mito y Lenguaje. Buenos Aires: Galatea Nueva Vision, 1959.

CIRLOT, J. E. (1985). Diccionario de Símbolos. Barcelona: CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. (1982). Dictionnaire das symboles.

Paris: Laffont et Jupiter, 1982.

DONNET, J.L.; GREEN, A. (1988). L'enfant de ça. Paris: Minuit, 1988.

DUCROT, O.; TODOROV, T. (1972). Dictionnaire encyclopedique das sciences du langage. Paris: Ed.du Seuil (Siglo XXI de

Espana, Ed. 1987).

ECO, U. (1976). A theory of semiotics. Barcelona: Lumen, 1988.

FERRATER MORA, J. (1979). Diccionario de Filosofia. Madrid: Alianza, 1979.

FEYERABEND, P. K. (1962). Explanation, reduction and empiricism. En Realism, racionalism and scientific method.

Philosophical papers I. Cap. 4. University of Minnesota (Barcelona: Paidós Iberica, 1989).

FREUD, S. (1895[18941). Sobre Ia justificacion de separar de Ia neurastenia un determinado síndrome en calidad de "neurosis

de angustia". (Uber dia Berechtigung, von der Neurasthenie einen bestimmten symptomenkomplex ais "angstneurose"

abzutrennen). A.B, 3, S. E., 3.

_____ (1896). Fragmentos de Ia correspondencia con Fliess (1950/1892 99). (Anfangen der Psychoanalyse). A.E., 1, S. E., 1.

_____ (1899). Sobre los recuerdos encubridores (Uber Deckennnerungen). A. E., 3, S.E., 3.

_____ (1900[1899]). La interpretacion de los sueños. Cap. VII (Dia Traumdeutung). A.E., 5, S.E., 5.

_____ (1901). Psicopatologia de Ia vida cotidiana. (Zur Psychopatologie das Alltasgleben). A.E.,6.S.E.,6.

_____(1905[1901 ]). Fragmento de analisis de un caso de histeria. (Bruchstock einen Hysterie Analyse). A.E., 7. S.E., 7.

_____(1908). Carácter y erotismo anal. (Charakter und Analerotik). A. E., 9. S E., 9.

_____(1909). Apuntes originales sobre un caso de neurosis obsesiva. (Bemerkungen über einen Fali von Zwangsneurose) A. E.,

, S. E., 10.

_____(1913[1912 13]).Totem y tabu. Algunas concordancias en Ia vida anímica de los salvajes y de los neuroticos. [Totem und

Tabu]. A. E., 13, S.E., 13.

_____(1915). Lo inconsciente. [Das Undewuste] A. E., 14, S.E., 14.

_____(1915). De guerra y de muerte. Temas de actualidad. [Zeingernasses über Krieg und Tod]. A. E., 18, S.E., 18.

_____(1915). Pulsiones y destinos de pulsion. [Triebe und Triebschricksale]. A. E., 14, S.E., 14.

_____(1920). Mas allá dei principio dei placer. [Jenseits des Lustprinzips]. A. E., 18, S.E., 18.

_____ (1940[1938]). Esquema dei Psicoanalisis. [Abriss der Psychoanalyse]. A. E., 23, S. E., 23.

GADAMER, H. (1984). Verdad y Método. Salamanca: Sígueme, 1984.

GEYMONAT, L. (1985). Lineamenti di Filosofia delia scienza. Milan: Amoldo Mondadori,1985. (Barcelona: Gedisa, 1987).

GLEICK, J. (1987). Chaos, making a new science. USA: Pengoin Books, 1987.

HOFSTADTER, D. R. (1979). Gõdel, Escher, Bach: an efemal andgolden braid. USA: Basic Books, 1979. (Barcelona: Tusquests,

.

JAQUES, E. (1982). The form of time. New York: Crane Russak. London: Heinemann. (Buenos Aires: Paidós, 1984).

JAKOBSON, R. Essais de lingüistique générale. Paris: Minuit, 1963.

KEATS, J. (1973). The complete poems. England: Pengoin Books, LTD.

KINGSTON, W., COH EN, J. (1985). La represión primaria: Aspectos teóricos y clínicos. Libro Anual de Psicoanalisis, 1986. Lima,

Peru, 1986.

LANDBERG, P. T. (1985). La búsqueda de certeza en un universo probabilístico. En Prigogine y otros: Proceso ai azar.

Barcelona: Tusquets, 1 986.

MELTZER, D.; HARRIS WILLIAMS, M. (1988). The apprehension of beauty. London Clunie Press, 1988.

MONEY KYRLE, R.E. (1965). Megalomania C.P. Pertshire:Clunie Press, 1965.

PIERCE, Ch. S. Obra lógico semiótica.Madrid: Taurus, 1987.

REICHENBACH, H. El sentido dei tiempo. Mexico: Plaza y Valdes, 1988.

RESNIK, S. (1987). Supervision colectiva. APDEBA, 1987

_____ (1988). La experiencia psicótica. Madrid: Tecnipublicaciones, 1988.

SPITZ, R. EI primero afio de vida del niño. Mexico: F.C.E., 1970.

SCHRöDINGER, E. (1985). Ciencia y Humanismo. Barcelona: Tusquets.

SOR, D. (1990). Comunicacion personaL XII Simposio y Congreso Interno, APDEBA, Buenos Aires, 1990.

SOR, D.; SENET DE GAZZANO, M.R. (1988). Cambio catastrófico. Psicoanálisis dei darse cuenta. Buenos Aires: Kargieman,

STEWART, H.(1990).Interpretation ando ther agents fo rpsychic change. Int. R. Psycho Anal., 17: 61 69, 1990

STRACHEY, J. (1934). The nature of the therapeutic action of psycho analysis. Int. J. PsychoAnal., 50: 275 292, 1969.

WEBSTER, M. (1968). Webster's New Dictionary of Synonyms. USA: Merriam Webster lnc., 1984.

Published

2019-10-02

How to Cite

Cabanne, J. A. (2019). Para uma definição de mudança psíquica. SPPA Journal of Psychoanalysis, 1(1), 197–210. Retrieved from https://sppa.emnuvens.com.br/RPdaSPPA/article/view/436

Issue

Section

Artigos