O ódio, a nova ação psíquica e a progressiva complexidade narcísica
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v24i3.332Palavras-chave:
ódio, narcisismo, nova ação psíquica, narcisismo destrutivo, angústia primordial, desamparo, trabalho do negativo, intensidade energética destrutivaResumo
A autora apresenta, de forma evolutiva e resumida, algumas ideias de Freud em relação ao sentimento de ódio e seu papel na gênese do Eu. Mostra como na teoria freudiana, primeiramente, o ódio surge relacionado à ambivalência amor-ódio em relação ao mesmo objeto. Em seguida, desenvolve os aspectos teóricos que sofreram alterações com a introdução do narcisismo, para, então, complementar com o que surge a partir da introdução da dialética de 1920, pulsão de vida e pulsão de morte. O texto pretende estabelecer uma conexão teórica entre o surgimento do ódio e a nova ação psíquica, ação que tende a complexizar o narcisismo. A autora estabelece conexões teóricas com movimentos pulsionais de destruição, resultantes do duplo retorno da pulsão de destruição, força propulsora que desestabiliza a construção de um alicerce narcísico estruturante do sujeito, abrindo as vias para o surgimento de um narcisismo destrutivo. Finalmente, apresenta uma síntese dos argumentos teóricos que permitem pensar a hipótese de que a relação do ódio e a nova ação psíquica se baseiam em elementos teóricos que irão se entrelaçar entre as duas tópicas: (a) conflito de ambivalência; (b) desamparo, narcisismo primordial e angústia primordial; (c) sensorialidade-não-ligada; (d) interrupção no ritmo presença-ausência e a periodicidade; (e) trabalho do negativo estruturante e narcisismo negativo ou mortífero; (f) ódio como marcador de uma intensidade energética destrutiva; (g) a nova ação psíquica resultado da progressiva complexidade do narcisismo; (h) ódio e Drang; (i) objeto primário revestido de ódio e a falha na estratificação narcísica.Palavras-chave: ódio, narcisismo, nova ação psíquica, narcisismo destrutivo, angústia primordial, desamparo, trabalho do negativo, intensidade energética destrutiva.
Hatred, the new psychical action and the progressive narcissistic complexity
Briefly and progressively, the author presents some of Freud’s ideas concerning the feeling of hatred and its role in the genesis of the Ego. The paper shows how, in Freud’s theory, hatred first arises out of the love-hate ambivalence regarding the same object. The author then illustrates the theoretical aspects that underwent alteration with the introduction of narcissism, and complements them with the developments that arise from the introduction of the dialectics in 1920, i.e. life and death drives. The text aims to establish a theoretical connection between the rise of hatred and the new psychical action, i.e. an action that tends to engender narcissism. The author establishes theoretical connections with the drive movements of destructiveness, arising out of double reversal of the destructive drive, a propelling force that destabilizes the construction of a structuring narcissistic foundation of the individual, opening paths for the rise of a destructive narcissism. Lastly, the author summarizes the theoretical arguments that suggest the hypothesis that the relationship between hatred and the new psychical action is based on theoretical elements intertwined among the two topologies: (a) conflict of ambivalence; (b) powerlessness, primordial narcissism and primordial anguish; (c) unbound sensoriality; (d) interruption of the presence-absence rhythm and periodicity; (e) work of the structuring negative and negative or deadly narcissism; (f) hatred as a marker of a destructive energetic intensity; (g) the new psychical action resulting from the progressive complexity of narcissism; (h) hatred and Drang; (i) primary object covered by hatred and failure in the narcissistic stratification.
Keywords: hatred, narcissism, new psychical action, destructive narcissism, primordial anguish, powerlessness, work of the negative, destructive energetic intensity.
El odio, la nueva acción psíquica y la progresiva complejidad narcisista
La autora presenta, de forma evolutiva y resumida, algunas ideas de Freud con respecto al sentimiento de odio y a su papel en la génesis del Yo. Muestra cómo en la teoría freudiana, el odio surge, primero, relacionado a la ambivalencia amorodio con relación al mismo objeto. A continuación, desarrolla aspectos teóricos que sufrieron cambios a partir de la introducción al narcisismo y complementa sus observaciones analizando lo ocurrido tras la introducción, por parte de Freud, de la dialéctica entre pulsión de vida y muerte (1920). En el texto se busca establecer una conexión teórica entre el surgimiento del odio y la nueva acción psíquica, acción que revela una mayor complejidad del narcisismo. La autora establece conexiones teóricas con movimientos pulsionales de destrucción resultantes del doble retorno de la pulsión de destrucción, fuerza propulsora que desestabiliza la construcción de un cimiento narcisista estructurante del sujeto y abre vías para el surgimiento de un narcisismo destructivo. Por último, presenta una síntesis de los argumentos teóricos que permiten pensar la hipótesis de que la relación del odio y la nueva acción psíquica se basa en elementos teóricos oriundos de las dos tópicas que se entrelazan: (a) conflicto de ambivalencia; (b) desamparo, narcisismo primordial y angustia primordial; (c) sensorialidad no ligada; (d) interrupción en el ritmo presencia-ausencia y la periodicidad; (e) trabajo de lo negativo estructurante y narcisismo negativo o mortífero; (f) odio como marcador de una intensidad energética destructiva; (g) la nueva acción psíquica resultado de la progresiva complejidad del narcisismo; (h) odio y Drang; (i) objeto primario revestido de odio y fallo en la estratificación narcisista.
Palabras clave: odio, narcisismo, nueva acción psíquica, narcisismo destructivo, angústia primordial, desamparo, trabajo de lo negativo, intensidad enérgica destructiva.
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