Os excessos do contemporâneo e a constituição da subjetividade
Palavras-chave:
Subjetividade, Duplo-limite, Narcisismo, Ideal de Ego, MelancoliaResumo
O desenvolvimento do psiquismo humano ocorre através do contato com a realidade e da capacidade de recebermos e selecionarmos estímulos. Atualmente, o contato permanente, em tempo real, com fatos de todas as latitudes exige um esforço intenso para compreendermos o mundo. Porém, o excesso de realidade pode dificultar a preservação do necessário espaço para as fantasias e para a ilusão, levando à modificação na economia da atenção e à hiperatividade. Como resultado desse fenômeno, assistimos à restrição do espaço para a contemplação e ao aumento da ânsia produtiva ou, como define Han (2017), a sociedade do desempenho. Frente a tal constatação, o presente artigo propõe que pensemos a subjetividade contemporânea marcada pela influência de um intenso conflito entre um Ideal de Ego cultural, com elevadas exigências de produção e desempenho, e um Ego sobrecarregado por estas demandas. Como resultado, teríamos uma espécie de melancolia coletiva e o decorrente quadro de defesas maníacas.
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Referências
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