Quando a subjetividade acontece
Palavras-chave:
Psicanálise, Campo analítico, Acontecimentos que mudam a vida, Sujeito contemporâneo, SubjetividadeResumo
A partir do conceito de Acontecimento, busca-se compreender e refletir, do ponto de vista da teoria da técnica, quando algo inédito ocorre em um tratamento psicanalítico e pode dar lugar a um sujeito também inédito. Aproximações teóricas com conceitos clássicos a respeito da formação da subjetividade são feitas, diferenciando os efeitos tanto do trauma quanto do après-coup, da clivagem e do acontecimento. Duas vinhetas clínicas e um exemplo na literatura buscam ilustrar o tema. Nesses casos, o compromisso ético do analista contemporâneo com o novo sujeito é indicado.
Downloads
Referências
Agamben, G. (2008). O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Argos.
André, J. (2008). O acontecimento e a temporalidade. O aprés-coup no tratamento. Ide: Psicanálise e Cultura, 31(47), 139-167.
Alvarez, A. (2012). O coração pensante: três níveis de terapia psicanalítica com crianças e adolescentes. São Paulo: Blücher.
Aulagnier. P. (1975). O espaço no qual o Eu pode constituir-se. In A violência da interpretação – do pictograma ao enunciado. Rio de Janeiro: Imago.
Badiou, A. (1988). El ser y el acontecimiento. Buenos Aires: Manantial, 2015.
Badiou, A. (1993). A ética das verdades. In Ética: um ensaio sobre a consciência do mal (pp. 53-68). Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.
Baranger, W. & Baranger, M. (1961). La situación analítica como campo dinámico. Revista Uruguaya de Psicoanálisis, 4(1), 3-54.
Bauman, Z. (2011, 09 de abril). Extimidade: o fim da intimidade. La Reppublica.
Bick, E. (1988). A experiência da pele em relações de objeto arcaicos. In E. Spillius. Melanie Klein hoje (Vol. 1, pp. 194-198). Rio de Janeiro: Imago.
Bion, W. R. (1959). Ataques ao elo de ligação. In Estudos psicanalíticos revisados. Rio de Janeiro: Imago, 1967.
Bondía, J. L. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, 19, 20-28.
Campos, S. P. R. (2015). Supereu/Uerepus: das origens aos seus destinos. Belo Horizonte: Escola Brasileira de Psicanálise.
Civitarese, G. (2021). Campo incorporado e rèverie somático. Revista Brasileira de Psicanálise, 55(3), 43-57.
Deleuze, G. (1969). Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974.
Ferenczi, S. (1928). Elasticidade da técnica. In Obras completas de Sándor Ferenczi (Vol. 4, pp. 25-36). São Paulo: Martins Fontes, 1992.
Figueiredo, L. C. M. (1993). Fala e acontecimento em análise. Percurso, 11/12, 45-50.
Freud, S. (1914). Uma introdução ao narcisismo. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 14, pp. 83-119). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1920). Além do princípio do prazer. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 18, pp.13-88). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1923). O Ego e o Id. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 19, pp. 13-86). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1924). O problema econômico do masoquismo. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 19, pp. 197-214). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1933). Conferência XXXI: a dissecção da personalidade psíquica. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 22, pp. 75-102). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1937). Construções em análise. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol.23, pp. 290-304). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Gadot, Y-S. (2019). Post-truth, hegemonic discourse and the psychoanalytic task of decentering. Psychoanalytic Dialogues, 29(2), 172-188.
Golse, B. & Desjardins, V. (2005). Corpos, formas, movimentos e ritmo como precursores da emergência da intersubjetividade e da palavra no bebê. Revista Latinoamericana de Psicopatologia, 8(1), 14-29.
Green, A. (2001). El tiempo fragmentado. Buenos Aires: Amorrortu.
Guerra, V. (2009). Indicadores de intersubjetividade indicativos (0-2 anos) no desenvolvimento da autonomia do bebê. Psicanálise - SBPdePA, 16(1-2), 209-435.
Guerra, V. (2017). O ritmo, a musicalidade comunicativa e a lei materna na artesania da subjetivação humana. Publicação CEAPIA, 26, 8-21.
Han, B-C. (2010). Sociedade do cansaço. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.
Kancyper, L. (2010). Ressentimiento terminável e interminável. Buenos Aires: Lumen.
Klein, M. (1935). Uma contribuição à psicogênese dos estados maníaco-depressivos. In Amor, culpa e reparação e outros trabalhos (pp. 301-329). Rio de Janeiro: Imago, 1996.
Klein, M. (1957). Memórias em sentimentos. In Inveja e gratidão. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
Knijnik, J. et al. (2012). Baluarte, surpresa e comunicação no campo analítico. Revista Brasileira de Psicanálise, 46(1), 150-161.
Lacan, J. (1953). Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise. In Escritos (pp. 238-324). Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
Lacan, J. (1966). O estádio do espelho como função do eu no desenvolvimento. In Escritos (pp. 96-103). Rio de janeiro: Zahar.
Laplanche, J. (1987). Novos fundamentos para a psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.
Lewkowicz, I. (2004). Acontecimiento, trauma y catástrofe. [Aula ministrada no Departamento de Familia y Pareja de APdeBA]. https://www.youtube.com/watch?v=8qmi8VAGxvg
Libermann, Z. (2015). Aprés-coup: a dimensão traumática. Revista Brasileira de Psicanálise, 49(4), 118-132.
Martin, N. (2021). Escute as feras. São Paulo: Editora 34.
Mello, C. O. (2003). Brincar e associação livre: semelhanças e diferenças no tratamento psicanalítico da criança e do adulto. Revista de Psicanálise da SPPA, 10(2), 235- 245.
Mello, C. O. (2014). Brincar: verbo intransitivo. A interpretação em análise de crianças. Revista de Psicanálise da SPPA. 21(3), 539-554.
Mello, C. O. (2018). O impacto das tecnologias na formação da subjetividade. Aula inaugural para o Curso de formação em psicoterapia da infância e adolescência do CEAPIA. [Manuscrito não publicado].
Meltzer, D., Bremmer, J., Hoxter, S, Weddell, D. & Wittemberg, I. (1975). Exploración del autismo: un estudio psicoanalítico. Buenos Aires: Paidós, 1984.
Mendes-Campos, C., Féres-Carneiro, T. & Magalhães, A. S. (2020). Extimidade virtual e conjugalidade: possíveis repercussões. Psicologia: teoria e prática, 22(1), 270-284.
Mongin, O. (2017). Telas: o grande laboratório dos afetos. In A. Corbin, J-J. Courtine & G. Vigarello (Orgs.). História das emoções 3: do final do século XIX até hoje (pp. 666-690). Petrópolis: Vozes, 2020.
Ogden, T. (1994). Os sujeitos da psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Pena, B. F, Moreira, J. O. & Guerra, A. M. C. (2020). O supereu em Freud e Lacan: da moralidade à amoralidade, uma gula estrutural. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 23(1), 37-56.
Puget, J. (2003). Intersubjectividad: crisis de la representación. Psicoanalisis de APdeBA, 25(1), 175-189.
Puget, J. (2005). Trauma, los traumas y las temporalidades. Psicoanálisis APdeBA, 23(1-2), 293-310.
Puget, J. (2010a). O dispositivo e o atual. Revista Brasileira de Psicanálise, 44(2), 35-43.
Puget, J. (2010b). The subjectivity of certainty and the subjectivity of uncertainty. Psychoanalytic Dialogues, 20(1), 4–20. https://doi.org/10.1080/10481881003603883
Puget, J. (2012). Efectos de presencia, efectos de ausência. Diversas maneras de pensarlo. Psicoanalisis, 34(2), 385-399.
Roussillon, R. (2004). La dépendance primitive et l’ homosexualité primaire “en double”. Revue Française de Psychanalyse, 68(2), 421-439.
Roussillon, R. (2015). La dialéctica presencia-ausencia: para uma metapsicologia de la presencia. Revista de la Sociedad Argentina de Psicoanálisis, 19, 93-116.
Stern, D. (1992). O mundo interpessoal do bebê: uma visão a partir da psicanálise e da psicologia do desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed.
Stern, D. (2007). O momento presente na psicoterapia e na vida cotidiana. Rio de Janeiro: Record.
Tisseron, S. (2011). Intimité et extimité. Comunications, 88(1), 83-91.
Winnicott, D. W. (1951). Objetos transicionais e fenômenos transicionais. In Textos selecionados: da pediatria à psicanálise (pp. 389-408). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.
Winnicott, D. W. (1960). Distorção do ego em termos de falso e verdadeiro self. In O ambiente e os processos de maturação (pp. 128-139). Porto Alegre: Artes Médicas, 1983.
Winnicott, D.W. (1963). O medo do colapso. In C. Winnicott, R. Shepherd & M. Davis (Orgs.), Explorações psicanalíticas: D. W. Winnicott (pp. 70-76). Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
Zornig, S. M. A-J. (2015). Clínica dos primórdios e processos de simbolização primários. Psicologia Clínica, 27(2), 121-136.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.