O brincar como ferramenta clínica frente às formações tirânicas do Supereu
Palavras-chave:
Supereu, brincar, melancolia, CriatividadeResumo
O artigo explora de que maneira fatores contemporâneos, como o fluxo de informações e a exigência de produtividade, intensificam sentimentos de fracasso e melancolia associados à ação tirânica do Supereu. A partir de ideias de André Green e Byung-Chul Han, discute-se como esses fatores geram complexos sintomas psíquicos individuais e coletivos. No campo psicanalítico, o brincar e a criatividade ganham relevância como ferramenta terapêutica na prática clínica com adultos, visando a elaboração de traumas e de experiências difíceis de simbolizar, destacando seu papel na integração psíquica e na expressão do self conforme proposto por Donald Winnicott. Duas vinhetas apresentam modos de atuação do brincar no enquadre clínico para o enfrentamento das imposições do Supereu e para a elaboração de seus derivados em sofrimento, contribuindo para o debate acerca de técnicas psicanalíticas para os tempos atuais.
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