Técnica de trabalho clínico com adolescentes: “Entre a ação e a palavra”
Palavras-chave:
Aliança terapêutica, Acting out, Ato comunicacional, Técnica psicanalítica, AdolescênciaResumo
O trabalho terapêutico psicanalítico com adolescentes apresenta particularidades que devem ser resolvidas sem que para isso exista uma reflexão tão desenvolvida sobre a teoria da técnica como há para a psicanálise de crianças e adultos. Várias razões são expostas para poder explicar essa situação: peculiaridades do pensamento adolescente, da transferência, tendência ao acting e formas comunicacionais específicas. Entre as dificuldades do trabalho com esse segmento etário destaca-se que, à assimetria inerente à situação analítica, soma-se a assimetria geracional e as características próprias dos adolescentes pós-modernos. Como sustentar condições de analisabilidade nesse contexto? Como pensar a tendência ao acting out dos adolescentes e que lugar atribuir-lhe no trabalho clínico? Distingue-se entre acting out e ato comunicacional, ou entre acting out benigno e maligno, por intermédio de uma vinheta clínica. Depois aborda-se a influência das determinações histórico-culturais para decodificar determinadas condutas e riscos das leituras ideologizadas do psicoterapeuta, a partir de seus próprios valores e costumes. Exemplificase com uma vinheta clinica. Finalmente, formula-se o lugar do analista como alguém que se oferece para trabalhar junto ao adolescente, descobrindo, a partir do que este é, o que será (AU)
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