O dizer do analista: a interpretação e um resto a não compreender
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v27i3.766Palavras-chave:
Significante, Interpretação, Ato analítico, Ato psicanalítico, LacanResumo
Esse artigo parte de nossa experiência clínica diante da percepção da maneira com que cada analisando se coloca enquanto sujeito ao contar a própria história, considerando tanto seus ditos quanto os não ditos, sendo a tarefa de um analista possibilitar a reconstrução dessa história, sem prescindir do limite que lhe é imposto pelo Real. Assim, buscamos sublinhar como a interpretação pode ser dita pelo analista de modo a produzir um enunciado esclarecedor para o sujeito, por meio dos ensinamentos de Freud, Lacan e de psicanalistas contemporâneos. A partir da análise, concluímos que é necessário que o analista tenha “ouvidos para não ouvir”, como diz Lacan, de tal forma que a sua escuta não caia no sedutor engodo acarretado pelo advento do sentido, mas seja capaz de despertar o sujeito para o reconhecimento das amarras às quais está aprisionado para que, assim, ele possa seguir no caminho de reconstruir a sua própria história (AU)Downloads
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