A homossexualidade do psicanalista
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v25i3.389Palavras-chave:
Homossexualidades, Escolha objetal, Bissexualidade, Formação analítica, Perversão, IdentidadeResumo
Em 1921, Freud recusou a ideia de que a homossexualidade em si fosse um obstáculo à admissão à formação psicanalítica. Passaram-se 80 anos até que a IPA, em 2001, finalmente adotou esse posicionamento. Quando se trata da homossexualidade do psicanalista, é impossível dissociar a maneira como essa questão é tratada social e politicamente do questionamento propriamente analítico. A homossexualidade era um delito, mas hoje o delito é a sua discriminação. O politicamente correto mudou de lado, podendo até atingir a psicanálise e atentar contra a sua liberdade de pensar a escolha de objeto homossexual.
Palavras-chave: Homossexualidades; Escolha objetal; Bissexualidade; Formação analítica; Perversão; Identidade
Abstract
The psychoanalyst’s homosexuality
In 1921, Freud refused the idea that homosexuality in itself was an obstacle to being admitted to psychoanalytic training. 80 years went by until 2001, year in which the IPA decided to adopt that position. When it comes to the psychoanalyst’s homosexuality, it is impossible to dissociate the way society and politics deal with it from its analytic approach. Homosexuality was a crime, but today it is a crime to discriminate against someone on that basis. The politically correct has changed sides, and it may even affect psychoanalysis and its freedom to think of the choice of homosexual object.
Keywords: Homosexualities; Choice of object; Bisexuality; Analytic training; Perversion; Identity
Resumen
La homosexualidad del psicoanalista
En 1921, Freud rehusó la idea de que la homosexualidad en sí fuera un obstáculo a la admisión a la formación psicoanalítica. Han pasado 80 años hasta que la IPA, en 2001, por fin haya adoptado esa posición. Cuando se trata de la homosexualidad del psicoanalista, es imposible disociar el tratamiento social y político del cuestionamiento propiamente analítico. La homosexualidad era un crimen, ahora su discriminación es que lo es. El políticamente correcto ha cambiado de bando, incluso para por su vez llegar al psicoanálisis y minar su libertad para pensar la elección del objeto homosexual.
Palabra clave: Homosexualidad; Elección objetal; Bisexualidad; Formación analítica; Perversión; Identidad
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Referências
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