Releitura do caso O pequeno Hans: sobre silêncios e invisibilidades
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v22i2.174Resumo
Resumo
Passados mais de cem anos, aborda-se um ângulo possível de releitura do texto Análise de uma fobia em um menino de cinco anos, de Freud (1909). O principal recurso utilizado é uma entrevista que o próprio paciente desta primeira análise de criança concede quando contava sessenta e nove anos. Tornara-se um importante diretor de óperas. Com este adicional importante do próprio Hans – Herbert Graf e outros dados de seu histórico – consideram-se entendimentos e hipóteses adicionais sobre este caso clássico de psicanálise de crianças. O palco giratório é utilizado como imagem das visibilidades e dos silêncios na análise do pequeno Hans. A autora procura sintetizar três pontos principais do desenvolvimento teórico clínico da psicanálise de crianças ao longo do último século.
Palavras-chave: teoria da sexualidade infantil, angústia de castração, angústias primitivas, psicanálise de crianças, elaboração, sublimação.
Abstract
A rereading of The little Hans case: on silences and invisibilities
Over one hundred years later, a possible angle of rereading the text Analysis of a phobia in a five-year-old boy, of Freud (1909), is addressed. The main resource used is an interview that the patient of this first child’s analysis himself gave when he was 69 years old. He became an important opera director. Based on a substantial contribution from Hans himself, Herbert Graf, and other data from his story, additional understandings and hypotheses on this classic case of children’s psychoanalysis are considered. The spinning stage is used as an image of the visibilities and silences in Little Hans’ analysis. The author tries to synthesize three main points of the theoretical and clinical development of children’s psychoanalysis over the last century.
Keywords: theory of infantile sexuality, castration anxiety, primitive anxieties, children’s psychoanalysis, elaboration, sublimation.
Resumen
Relectura del caso El pequeño Hans: sobre silencios e invisibilidades
Más de cien años después, se aborda un posible ángulo de relectura del texto Análisis de la fobia de un niño de cinco años, Freud (1909). El principal recurso utilizado es una entrevista dada por el propio paciente de este primer análisis de niños, cuando tenía 69 años. Se convierte en un importante director de óperas. Con esta importante contribución del propio Hans – Herbert Graf, y otros datos de su historia, se consideran interpretaciones e hipótesis adicionales sobre este caso clásico del psicoanálisis de niños. El escenario giratorio se utiliza como la imagen de las visibilidades y del silencio en el análisis del pequeño Hans. La autora trata de sintetizar los tres puntos principales del desarrollo teórico y clínico del psicoanálisis de niños durante el último siglo.
Palabras clave: teoría de la sexualidad infantil, la angustia de castración, angustias primitivas, psicoanálisis de niños, elaboración, sublimación.
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